domingo, 16 de maio de 2010

EXPRESSO BRASILEIRO COMPRADA PELA COMETA


Marcopolo Paradiso G6 1200 HD, Mercedes Benz O 500 RS, indo para o Guarujá, desde Mogi das Cruzes, na Avenida Pereira Barreto, em Santo André/SP. Cena em breve se tornará rara. No final de 2009, a Viação Cometa comprou as linhas litorâneas da Expresso Brasileiro e vai colocar veículos na sua pintura, abolindo o tradiocnal verde e amarelo da Expresso, que ficará ainda com a linha Rio - São Paulo. Vamos aproveitar a imagem, em breve ela despertará saudades.

NOSSA SENHORA DA PENHA NO ABC PAULISTA


Busscar Vissta Buss, Mercedes Benz, da Viação Nossa Senhora da Penha, na Avenida Pereira Barreto, bairro Paraíso, em Santo André/SP.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

ÔNIBUS A ETANOL: BRASIL TEM O MATERIAL DIDÁTICO, MAS NÃO FAZ A LIÇÃO DE CASA


Marcopolo Gran Viale, Scania K 270, a Etanol, da Metra, na Parada Paraíso, bairro Paraíso, em Santo André/SP, trecho do Corredor Metropolitano ABD: A FOTO NOS INSPIRA A UMA REFLEXÃO: QUAIS OS MOTIVOS DE O BRASIL SER UM DOS MAIORES PRODUTORES DE ÁLCOOL, MAS AO MESMO TEMPO, ESTA FONTE ENERGÉTICA NÃO SER UMA DAS PRINCIPAIS PARA MOVER OS SISTEMAS DE TRANSPORTES PÚBLÍCOS? O BRASIL TEM O MATERIAL DIDÁTICO, MAS NÃO FAZ A LIÇÃO DE CASA? OS OUTROS PAÍSES FAZEM ESTA LIÇÃO COM O MATERIAL BRASILEIRO? ACOMPANHE ALGUMAS CONSTATAÇÕES Sem dúvida nenhuma o Brasil é um dos maiores produtores mundiais de álcool combustível, o Etanol. Mas isso ainda não dá aos centros urbanos do País a vantagem de contar com um combustível mais limpo na operação dos ônibus municipais e intermunicipais. A conclusão é de especialistas do projeto Best (BioEthanol for Sustainable Transport). O projeto Best é responsável pelos estudos de operação de ônibus a etanol em diversas regiões do mundo. Ele foi idealizado pela União Européia e coordenado pela prefeitura de Estocolmo na Suécia. No Brasil, está a frente dos estudos os Cenbio – Centro Nacional de Referência em Biomassa. O coordenador do Projeto Best no Brasil, José Roberto Moreira, acompanha os testes de dois ônibus urbanos a Etanol que rodam na Grande São Paulo e na Capital Paulista. Um já opera desde 2007 no corredor Metropolitano ABD, que liga São Mateus, na zona Leste da Capital Paulista, a Jabaquara, na zona Sul de São Paulo, pelos municípios de Santo André, Diadema, São Bernardo do Campo, com extensão para Mauá, também no ABC Paulista. Trata-se de um Marcopolo Viale Scania. O outro ônibus é um Caio Millenium II Scania, que opera na Capital Paulista desde novembro deste ano. Já foi possível constatar que os veículos poluem em torno de 80 por cento menos que os ônibus Diesel convencionais. Para isso, foram colocados atrás dos ônibus a Etanol, ônibus sombra” a Diesel, para se fazer a comparação praticamente na mesma hora, com as mesmas condições climáticas, que interferem na qualidade do ar. Apesar de os testes indicarem a menor poluição e o bom comportamento dos ônibus em operação, José Roberto Moreira, afirmou a diversos órgãos de imprensa que faltam incentivos por parte do Governo Brasileiro para o desenvolvimento de mais pesquisas e principalmente para o barateamento da produção de veículos a Etanol. O blog entrou em contato com a Metra, empresa que opera o corredor ABD, e funcionários da empresa, desde engenheiros a motoristas, declaram que o comportamento do ônibus a Etanol no corredor é muito bom, não focando atrás dos veículos a Diesel convencionais. No corredor também operam trolebus, ônibus híbridos e um a hidrogênio, ainda em testes na garagem. Tal constatação não é novidade em diversas cidades do mundo. Estocolmo, na Suécia, já possui 600 ônibus movidos a Etanol. E no último mês de dezembro, a Scania, empresa com sede mundial no país, já apresentou a TERCEIRA geração de ônibus a álcool. E o que mais chama a atenção dos especialistas do Projeto Best em todo mundo é que 80 por cento do álcool que move estes ônibus são produzidos no Brasil. IRONÔNICO, NÃO? Sendo assim, na opinião dos técnicos, o Brasil tem tecnologia para a produção de ônibus a Etanol, modernos centros de pesquisa e combustível em abundância, mas enquanto na Suécia 600 ônibus poluem menos, na Grande São Paulo e Capital são apenas DOIS efetivamente em testes. O Etanol é mais caro que o Diesel, mas o ganho ambiental do uso do combustível faz valer a pena o custo inicialmente maior. Inicialmente, pois o Diesel é consumido mais rapidamente nos motores, ou seja, rende menos quilômetros por litro. Para os técnicos do Projeto Best, que acompanham a situação dos transportes no País em relação a poluição ambiental, o Brasil, na questão de ônibus a Etanol tem o material didático (combustível, veículos modernos e centros de pesquisa), mas apesar disso, não faz a lição de casa. ADAMO BAZANI, jornalista da rádio CBN.

terça-feira, 11 de maio de 2010

ALTERNATIVAS PARA DIESEL MAIS LIMPO - ÔNIBUS DE TESTES DA MERCEDES BENZ


É possível conciliar o uso do óleo diesel em ônibus e caminhões com um meio ambiente mais saudável? Para muitas montadoras de veículos, a resposta é sim. Além de pesquisas no intuito de produzir um diesel de mais qualidade e com menor emissão de materiais particulados, como o diesel S 50, que já é usado em frotas de ônibus em algumas capitais e regiões metropolitanas, há estudos avançados em relação ao desenvolvimento de biocombustíveis para mover ônibus, caminhões e outros veículos pesados. No entanto, além da elaboração de um diesel com maior preocupação ambiental, o desenvolvimento de motores e sistemas de catalisação mais modernos pode auxiliar os ônibus convencionais a serem menos agressivos ao meio ambiente. Vale ressaltar que o ônibus, por si só, da maneira que ele já é, representa um ganho ambiental, pois ele pode tirar no mínimo 20 carros de passeio das ruas, que normalmente circulam com um ou duas pessoas no máximo. Proporcionalmente, os ônibus poluem bem menos que os carros que congestionam as vias, e colocá-los como vilões é corroborar com as políticas de urbanismo adotadas até hoje, que, em nome de votos, do poder da indústria de automóveis e de uma classe media que pressiona e se diz formadora de opinião, mantém os transportes públicos sucateados em detrimento ao privilégio aos transportes individuais. Mas é fato que, isoladamente, o diesel, por sua composição e característica, polui mais que a gasolina e muito mais que o etanol. A utilização de meios de transportes com tecnologia limpa, como os trólebus, é apontada como solução mais viável à equação transporte público/meio ambiente. Mas nada pode ser visto de maneira radical. Há uma realidade econômica e política brasileira que mostra que as autoridades não estão dispostas a investir nos sistemas de trolebus e ferroviários. Então, seria uma ilusão pensar de imediato numa predominância no sistema tracionado por eletricidade, como é realidade em muitos países. Além disso, por melhores que sejam os trólebus e modais ferroviários, em algumas regiões, principalmente periferias e áreas de relevo difícil, há ainda a necessidade de veículos mais flexíveis, como os ônibus convencionais. Por isso, toda a iniciativa em se fabricar motores e sistemas de combustão mais eficientes deve ser bem vinda. Nesse aspecto, algumas empresas têm investido para atender às novas resoluções de emissão de poluentes. Uma novidade já em testes é o ARLA 32, um redutor de óxido de Nitrogênio, desenvolvido pela Mercedes Benz, que é adicionado no sistema de escape do ônibus. O ARLA 32 faz parte do inédito sistema de redução catalítica Blue Tec 5 SRC. De acordo com a Mercedes Benz, esse sistema minimiza o consumo do diesel e as emissões de poluentes, queimando melhor o diesel e soltando menos fuligem no ar. Tudo isso, já é uma preparação para desenvolver motores que atendam as normas do Conama P7, que devem entrar em vigor em 2012 em conformidade ao padrão Euro V, de redução de emissão de poluentes. A Mercedes Benz também garante que seu projeto, em parceria com a empresa norte-americana, Amyris, de fabricação de um diesel com base na cana de açúcar, mais fácil de ser produzido que o etanol, está em fase avançada. Já estão sendo misturados 10% deste diesel em alguns ônibus e as reduções de poluição foram de 9%. A expectativa é de abastecimento de 100% nos novos motores. A Amyris espera parra 2010 produzir 400 milhões de litros deste diesel, chegando a 1 bilhão em 2012. A empresa diz que uma prática para desenvolvimento de novos produtos é testar constantemente produtos já lançados no mercado. Assim, veículos como este, retratado nas fotos, percorrem as regiões próximas ao centro de Pesquisas da empresa, em São Bernardo do Campo, como se estivessem prestando serviços convencionais, cheios de latões de água e sacos de areia e simulando paradas em todos os pontes de ônibus encontrados no trajeto. Texto e pesquisa: Adamo Bazani (Rádio CBN)

domingo, 9 de maio de 2010

UMA FOTO: TRÊS GERAÇÕES DE TRÓLEBUS


Trago uma imagem que fiz meio por acaso, mas que acaba retratando três fases diferentes, em um única foto, dos transportes coletivos na Capital e na Grande São Paulo, principalmente por trólebus.
Podemos ver juntinhas SCANIA, VOLVO E MERCEDES BENZ, lado a lado, como se mostrassem a evolução dos tempos no setor, inclusive o desenvolvimento da indústria de trólebus, o que vem provar algo que o mundo sabe já há muito tempo: o trólebus é um veículo que se moderniza e é considerado ainda como opção de futuro, para um transporte mais limpo, que colabore com as questões ambientais, e com o conforto dos passageiros. Europa, Ásia, e América do Norte nos provam isso. É só pesquisar um pouco.
Cada carro desta foto é de uma época diferente e tem uma história diferente também.
Da esquerda para a direita vemos:
- UM MARCOPOLO SAN REMO, SCANIA BR 116, Controle Tectronic e de Tração BBE. O veículo de 1982 é preservado pela Metra (Sistema Metropolitano de Transporte Ltda) e tem muita história a nos contar. Ele é da geração de trólebus que foi desenvolvida a partir do Sistran (Sistema Integrado de Transportes). O Sistran foi elaborado na gestão do prefeito de São Paulo, Olavo Setúbal, entre 1975 e 1979 e teve como um dos grandes responsáveis pela sua idealização o engenheiro Adriano Branco. Setúbal foi considerado um prefeito a frente de seu tempo em alguns setores, como o de transportes. Um dos grandes entusiastas do trólebus, pelas viagens que tinha feito pelo mundo, Setúbal já nos anos de 1970, via a necessidade de um transporte que aliasse conforto e ganhos ambientais. O Sistran previu a implantação de mais de 1280 novos trolebus na cidade de São Paulo e a criação de 280 quilômetros de linhas novas, além dos 115 quilômetros já existentes, que deveriam ser revitalizados. Mas muito mais que ampliar o número de ônibus elétricos na cidade, o Sistran trouxe para o Brasil um novo conceito de trólebus e foi responsável pela modernização do veículo. Para isso, Adriano Branco desenvolveu várias pesquisas, internacionais, inclusive. A própria Mercedes Benz trazia ao Brasil, para participar do trabalho, um trolebus alemão sobre plataforma O 305. Com o Sistrran, nascia uma nova geração de trólebus para o Brasil, tudo com trabalhos envolvendo a CMTC, por isso não é exagero dizer que a empresa pública paulistana determinava os rumos dos transportes em todo o território nacional. Pelo plano, nosso trolebus começaram a contar com suspensão a ar, direção hidráulica, melhor disposição interna dos bancos, melhor planejamento para a circulação de passageiros no salão e comando eletrônico de velocidade por recortadores (Chopper). A concorrência para fornecer os primeiros trólebus dessa geração foi ganha pela Ciferal e Scania. Mas outras empresas desenvolveram seus modelos, a partir destas inovações. Exemplo foi a Marcopolo com este San Remo (já com cara de Torino, seu sucessor). O veículo rodou na Capital Paulista, com esta pintura que traz as cores padrão da EBTU – Empresa Brasileira de Transportes Urbanos.
- MARCOPOLO RTORINO VOLVO B 58: (O CARRO DO MEIO) O veículo produzido em 1988 já mostra a história do desinteresse pelos trólebus em algumas regiões. Ele foi fabricado para servir o sistema de Belo Horizonte, que acabou desistindo de ampliar redes de trólebus. Quarenta unidades foram fabricadas: 20 foram vendidas para a Argentiina e 20 ficaram em poder da Marcopolo até 1996. Neste ano, eles foram cedidos para Eletrobus da Capital Paulista, já no pós privatização da CMTC. Eles substituíram os trólebus encostados para a reforma. Concluídos os trabalhos, eles foram devolvidos, mas em 1997, a recém criada Metra, vislumbrou nos veículos uma excelente oportunidade de negócios, reconhecendo a qualidade e a durabilidade do trólebus. E estes Torno Volvo rodam até hoje em perfeitas condições.
- CAIO MILLENIUM II MERCEDES BENZ: Da geração da corrente alternada, com mais força e economia, e que mostra o desenvolvimento da indústria nacional.

Adamo Bazani